As
capitanias foram uma forma de administração territorial do
império português uma vez que a Coroa, com recursos limitados, delegou a tarefa de colonização e exploração de determinadas áreas a particulares, através da doação de lotes de terra, sistema utilizado inicialmente com sucesso na exploração das ilhas atlânticas. No
Brasil este sistema ficou conhecido como
capitanias hereditárias, tendo vigorado, sob diversas formas, durante o
período colonial, do início do
século XVI até ao
século XVIII, quando o sistema de hereditariedade foi extinto pelo
Marquês de Pombal, em
1759 (a hereditariedade foi abolida, mas a denominação capitania não).Após o sucesso parcial da expedição de
Martim Afonso de Sousa (
1530 -
1532), contando com escassos recursos financeiros e visando a incentivar ocupação da terra, por iniciativa de
Dom António de Ataíde - 1°
conde da Castanheira -,
Dom João III doou quinze capitanias na costa do Brasil, entre
1534 e
1536. Essas doações constituíam-se em faixas de terra dispostas no sentido Leste-Oeste, entre o
Oceano Atlântico e o
meridiano estabelecido pelo
Tratado de Tordesilhas.
- Notas
Os limites são aproximados, apontando vilas ou acidente geográficos situados em pontos extremos do litoral, no sentido norte-sul. O limite a oeste é a
linha de Tordesilhas.
A Capitania de Itamaracá foi abandonada pelo donatário e recriada como
Capitania da Paraíba em
1574.
A secção mais setentrional da Capitania de São Vicente foi rebatizada pouco tempo depois (por volta de
1567) como
Capitania do Rio de Janeiro.
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